Vereadora do PSB defendeu debate amplo e consistente com a sociedade |
“Entendemos que esse amplo debate é muito
importante para evitar problemas. A preocupação com a arrecadação é pertinente,
nós entendemos que Salvador precisa arrecadar sim, criar mecanismo de
arrecadação, inclusive para investir nos seus programas sociais, como educação
e saúde. Mas é preciso que a gente elimine as cláusulas que consideramos
abusivas”, avaliou. “Precisamos entender que do ponto de vista do segmento da
saúde, coisas que parecem simples, aplicadas em outros municípios, e
funcionando muito bem, necessariamente poderão não funcionar aqui”, ressaltou a
socialista ao fazer referência ao projeto similar apresentado na gestão do ex-prefeito
de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).
No encontro promovido pela Frente Parlamentar em
Defesa da Saúde e pela Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Seguridade
Social da Casa Legislativa foram expostos pontos que, na avaliação dos
representantes de hospitais e clínicas, precisam ser aprimorados no projeto de
autoria do Executivo. Um documento com sugestões da categoria foi entregue ao
subsecretário municipal da Fazenda, George Tormin.
“Adequações se fazem necessárias no projeto da
reforma tributária após a instalação da comissão interdisciplinar que será
criada. O envio do documento sela a parceria do segmento saúde, sela o
entendimento que a secretaria tem. É preciso saber que temos uma
doença, que é a má arrecadação. Mas que o remédio não pode ser amargo a ponto
de matar o paciente”, comparou Fabíola ao frisar que algumas das reclamações do
setor de saúde coincidem com as de outros segmentos da economia da cidade, como
a Federação das Indústrias da Bahia e Ordem dos Advogados do Brasil.
Para Marcelo Brito, da
Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Asheb),
o segmento da saúde não pode pagar a conta do endividamento da capital baiana.
Ele analisa que a população da cidade será a principal prejudicada caso a
proposta do executivo seja aprovada pela Câmara Municipal no formato atual.
“Reconheço que Salvador precisa de recursos, tem nível de endividamento. Mas
não podemos buscar essa diferença em cima desta classe. Não temos a menor
possibilidade de reduzir nosso quadro de funcionários. E se isso acontecer quem
vai pagar caro e será penalizada, com a redução dos serviços médicos e
hospitalares, é nossa população”, argumentou, ao exibir um vídeo onde o
prefeito ACM Neto, quando candidato, prometeu discutir a reforma tributária com
a categoria. “Peço que se cumpra o que foi prometido”, frisou ao entregar uma
cópia do DVD para o sub secretário da Fazenda George Tormin e pedir pela
formação de uma Comissão Temática Interdisciplinar para discutir o assunto.
Também participaram
da audiência Eduardo Olivas, presidente do Sindicato dos Hospitais e
Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba), Robson
Moura, vice-presidente da Associação Baiana de Medicina (ABM), Agnaldo Bahia,
diretor-jurídico da Asheb, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Federação Baiana de Saúde (FEBASE), médicos e profissionais da saúde, o vereador Arnando
Lessa (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, J.
Carlos Jr (PT), presidente da Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e
Seguridade Social, os vereadores Léo Prates (DEM),Joceval Rodrigues (PPS),
Aladilce Souza (PCdoB) Alemão (PRP), Gilmar Santiago (PT), Orlando Palhinha
(PP) e o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Câmara.
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